O senador Paulo Paim (PT-RS) e os dirigentes estaduais do partido
promovem na próxima segunda-feira (11) o encontro derradeiro para definir o
futuro partidário do parlamentar. Após avisar por diversas vezes que deixaria o
partido caso não houvesse uma mudança na condução da política econômica pelo
governo, Paim diz que "é grande a possibilidade" de a questão
ser definida de "uma vez por todas" na conversa. Segundo Paim, as
tentativas de debate sobre o assunto começaram na segunda quinzena de
dezembro, mas os representantes do PT pediram que ele aguardasse para que
todos os dirigentes regionais da legenda também pudessem participar da
conversa. Desde o fim de 2014, o parlamentar tem feito críticas a projetos
encaminhado pela presidente Dilma Rousseff, como as medidas provisórias que
alteraram benefícios trabalhistas e previdenciários. A discussão tinha sido
marcada para a última segunda-feira (4), mas foi reagendada para a próxima
segunda. "Vai ser uma reunião decisiva. Não tem mais enrolação. É o
momento de discutir com profundidade essa questão", afirma. Paim
diz que, em respeito ao que ainda vai ser discutido na reunião, não pode
anunciar a sua posição definitiva, mas que a "tendência" é que
realmente saia do partido, "a não ser que aconteça algum fato
inusitado." "O que eles podem falar [para continuar no PT],
sinceramente eu não sei. As minhas posições estão muito claras. Desde que
começou esse debate todo. E agora o governo anunciando uma reforma trabalhista
e previdenciária na contramão daquilo que nós sempre pregamos, só dificulta
ainda mais qualquer tipo de tratativa", diz. Nesta quinta-feira (7),
durante café da manhã com jornalistas, a presidente Dilma Rousseff disse que o
Brasil "vai ter de encarar" a reforma da previdência e que "não
é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos."
(IG)