Ao menos 15 pessoas morreram, a maioria delas policiais, e outras 20
ficaram feridas nesta quarta-feira (13) durante a explosão de uma bomba perto
de um centro contra a poliomielite na cidade de Quetta, no oeste do Paquistão. O atentado aconteceu por
volta das 9h locais (2h de Brasília) no bairro Satelite Town, na capital da
província de Baluchistão, afirmou um porta-voz da polícia local à agência Efe. Segundo
a agência Reuters, a explosão atingiu uma van policial. As autoridades
investigam se o atentado foi provocado por um homem-bomba. Em entrevista à
imprensa, o ministro do Interior do Baluchistão, Sarfraz Bugti, disse que o
atentado "foi aparentemente um ataque suicida" e aconteceu no momento
em que vários grupos de vacinação contra a poliomielite eram enviados para
diferentes partes da cidade. "Esses ataques são motivados pela frustração
e por uma mentalidade covarde. Continuaremos até eliminarmos o último
terrorista. Eliminaremos essa ideologia extremista", assinalou o primeiro-ministro
paquistanês, Nawaz Sharif, em comunicado. Hoje era o último dia de uma campanha
de vacinação que tinha começado na segunda-feira em Quetta e em outros
distritos do Baluchistão, com o objetivo de imunizar 2,4 milhões de crianças,
entre elas 55 mil refugiados afegãos, segundo a imprensa local. Os ataques
armados de grupos fundamentalistas contra as equipes de vacinação e seus
seguranças são comuns em todo o Paquistão e representam o principal obstáculo
para a luta contra a pólio no país asiático, um dos únicos do mundo, junto com
Nigéria e Afeganistão, onde a doença é endêmica.
(globo.com)