Nunca a pauta conservadora e violadora de direitos humanos avançou tanto
na Câmara dos Deputados como na gestão do atual presidente da Casa, Eduardo
Cunha. Matérias como o Estatuto da Família, desarmamento, redução da maioridade
penal, propostas que atentam contra direitos de índios, negros e gays, além de
projetos que garantem poderes maiores igrejas avançaram em comissões especiais e
no Plenário da Câmara, em uma ofensiva conservadora jamais vista na Câmara. As
perspectivas para 2016 são ainda mais obscuras na avaliação de movimentos
sociais e de setores do governo que acompanham o desenrolar destas matérias no
Congresso. Isto porque, mesmo que Cunha saia da Presidência da Câmara, ou perca
o mandato devido as denúncias de corrupção e de quebra de decoro parlamentar, a
composição da Câmara é muito conservadora, com parlamentares ligados a igrejas
e a setores rurais e bélicos em número bastante superior.
(IG)