Três meses após os mais recentes grandes atos pelo impeachment,
realizados em agosto, os movimentos sociais que pedem a queda de Dilma Rousseff
da presidência voltam a promover protestos de rua, marcados para quase cem
cidades, ao longo de todo este domingo (11). Organizados principalmente
pelos grupos Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, dois dos
responsáveis por protocolar o pedido de impeachment da presidente na Câmara dos
Deputados, os atos ocorrerão em todas as capitais brasileiras, com início
marcado para entre 10h e 13h. Brasileiros que moram em Porto e Lisboa, em
Portugal, também irão se juntar ao movimento. O principal dos
atos está marcado para a Avenida Paulista, local que chegou a receber
entre 210 mil – segundo estimativas do Instituto Datafolha – e 1 milhão – de
acordo com a Polícia Militar – de pessoas no auge dos atos, em março. "Mas,
ainda que o impeachment esteja cada vez mais palpável, não esperamos um número
tão grande de pessoas, até pelo curto período que tivemos para divulgar os
atos", afirma Renan Santos, um dos líderes do MBL. "Por isso estamos
chamando estes protestos de um esquenta para uma nova onda de atos, que visam a
mostrar que a população está do nosso lado." Além de a expectativa de
público não ser tão grande, o número de cidades participantes dos protestos
também é menor do que em atos anteriores. No primeiro deles, em março,
aquele com maior adesão de público, eles ocorreram em mais de 150
municípios. No seguinte, em abril, o montante passou para 224. No terceiro,
ficou em 201. Entretanto, ao contrário das manifestações anteriores, anunciadas
sempre com cerca de um mês de antecedência, a deste domingo foi divulgada
apenas dez dias antes de sua realização.
(IG)