18 dezembro 2015

AMAZÔNIA: MPF quer que Incra explique desmatamento em assentamentos

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) deverá prestar contas ao Ministério Público Federal (MPF) sobre as medidas o órgão pretende tomar para reduzir o desmatamento em assentamentos do instituto na Amazônia Legal. Entre agosto de 2014 a julho de 2015, foram derrubados 5.831 quilômetros quadrados (km²) de floresta na região, um aumentou de 16% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Dados do Ministério do Meio Ambiente mostram que 26,55% do desmatamento ocorreu em áreas de assentamento. O procurador da República no Pará, Daniel Azeredo, explicou que, em 2012, o grupo de trabalho do MPF, denominado Amazônia Legal, identificou um alto índice de desmatamento ilegal em áreas do Incra, e foram propostas várias ações civis públicas de responsabilização do Incra e assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre as instituições com várias metas e ações para reduzir esse desmatamento. Com a apresentação das últimas estimativas de desmatamento na Amazônia Legal, o MPF contatou que o índice em áreas de assentamento continua elevado e foi formalizada, então, esta cobrança, para que o Incra desenvolva as ações já previstas no TAC. “As ações estavam sendo desenvolvidas, mas não na velocidade e na intensidade necessárias. Alguns prazos não foram cumpridos pelo Incra, várias ações foram feitas parcialmente e algumas não foram feitas. Então, não tivemos a realização de todas as ações para que pudéssemos ter o resultado. E o maior resultado que temos, quando as ações não são feitas, é esse, o número elevado no desmatamento”, disse Azeredo.
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