21 dezembro 2015

AMAZÔNIA: Infanticídio ainda é prática comum em tribos indígenas



O projeto de lei denominado Lei Muwaji, de autoria do ex-deputado Henrique Afonso (PV-AC), encontra-se em pauta no Senado desde setembro e prevê criminalizar, por omissão de socorro, quem não informar o infanticídio ou qualquer prática que atente contra a saúde e integridade dos índios. O índio não será punido, mas o poder público deverá proteger e auxiliar o índio que "decidir não permitir, expor ou submeter crianças a práticas que coloquem em risco a vida". O infnaticídio ainda é uma prática comum nas tribos indígenas. Segundo informações da Folha de S. Paulo, tribos ianomâmis, localizadas na Amazônia e que ainda tiveram pouco contato com o homem branco, ainda são adeptas da prática de matar bebês com até seis dias de vida que nasceram com alguma má formação ou deficiência física. Mas, segundo a Folha, a prática também ocorre com gêmeos, filhos com suspeita de serem fruto de adultério ou estupro. Apesar de ser uma prática cultural, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, autor do "Mapa da Violência" e ouvido pela publicação, afirma que a prática é assassinato e deve ser considerada como tal. "Não se deve criminalizar o índio, mas tem de agir para salvar essas vidas", afirma. Em cerca de dois anos foram registradas 96 mortes de bebês indígenas de até seis dias de idade nas cidades de Barcelos, Caracaraí e Alto Alegre. Já o Secretário do Índio do estado de Roraima, Ozélio Macuxi, discorda deste projeto, pois considera que a prática é um meio de sobrevivência da tribo, que até os dias atuais possui uma cultura nômade. "Como vai carregar uma pessoa com deficiência (na mata)? Para pagar esse pecado, é melhor eliminar logo. Entendi dessa forma (o ritual)", alega. O secretário ainda ressalta que a floresta possui muitos obstáculos, como cipós e animais.
Compartilhar:

Outras postagens

Copyright © 2025 Blog do Monteiro | Powered by Blogger
Design by SimpleWpThemes | Blogger Theme by NewBloggerThemes.com