A França vai manter sua intervenção na Síria com o objetivo
de atacar alvos do Estado Islâmico, disse neste sábado o primeiro-ministro
francês Manuel Valls, depois que o grupo assumiu responsabilidade pelos ataques
que mataram 129 pessoas em Paris - 352 ficaram
feridas, sendo 99 em estado grave. Membro coalizão internacional contra o EI, a
França bombardeia alvos no Iraque há mais de um ano e na Síria desde setembro.
Valls disse à rede de televisão TF1 que o governo também planeja ampliar o
estado de emergência imposto para toda a França após os ataques de sexta-feira
na região de Paris, a fim de dar às autoridades amplos recursos para combater o
que ele chegou de um inimigo "muito bem organizado". Valls foi
incisivo e prometeu destruir o Estado Islâmico. “Quero dizer aos
franceses que estamos em guerra (...), sim, estamos em guerra e vamos atuar e
atingir esse inimigo jihadista para destruí-lo na França, na Europa, na Síria e
no Iraque”, afirmou Valls. Ele disse ainda que a resposta francesa aos
ataques de Paris será "do mesmo nível". Mais cedo, o
presidente da Síria, Bashar al-Assad, acusou a França
de contribuir para a expansão do terrorismo. O EI reivindicou a
carnificina sem precedentes ocorrida em Paris e qualificada de "ato de
guerra" pelo presidente François Hollande, que provocou um grande choque
em um país já atingido por atentados jihadistas há 10 meses.
(Band)