Mara
Chan, hoje com 31 anos, foi diagnosticada com lúpus aos 19, em 2003. No ano do
diagnóstico, Mara levava uma vida ativa, trabalhava e estudava, até
que começou a sentir uma dor forte no polegar da mão direita. “Isso me
chamou a atenção porque incomodava para digitar”, diz. Por ser algo
relativamente comum, ela não deu importância, acreditando que era
consequência de movimentos repetitivos diários no trabalho. Em poucos
dias, porém, a dor migrou para outras articulações do corpo e Mara foi perdendo
completamente o movimento dos dedos, pulsos e joelhos. “Já não era mais capaz
de andar, dependia da minha família para tudo, inclusive para comer”, conta
ela. Depois de muita febre, dificuldade para respirar e dores por todo o corpo,
uma médica analisou os sintomas dela e suspeitou do lúpus, já que Mara tinha um
caso na família. “O que ajudou muito no momento do diagnóstico foi o rash
cutâneo, uma vermelhidão que apareceu na minha face, em forma de ‘borboleta’”,
diz. Com isso, a médica, que era pediatra, encaminhou Mara para um especialista
já com os exames corretos em mãos, para que ela pudesse receber o melhor
tratamento. “O fato de a médica ter sido rápida no atendimento, com excelente
habilidade profissional e consciência sobre o lúpus ajudou a salvar a minha
vida, pois a doença estava progredindo de forma muito agressiva, meus órgãos
vitais já estavam comprometidos e, se não tivesse recebido o tratamento
adequado de imediato, tenho certeza de que hoje não estaria aqui”, detalha. Mara, que é publicitária e promotora de eventos e mora na Espanha desde
2005, esteve no Brasil em 2013 e conta que ficou pensando nas vidas de
brasileiros que estavam em jogo, esperando um especialista
para diagnosticar a doença.
(IG)