Os restos de Tutancâmon,
que pode ter sido filho de Nefertiti, foram encontrados em 1922. Ele morreu há
3 mil anos, aos 19 anos. A tumba dele foi a mais preservada já descoberta no
Egito – cerca de 2 mil objetos foram encontrados dentro dela. Mas seu modelo
sempre intrigou especialistas – em particular devido o seu tamanho, menor do
que os túmulos de outros reis. O arqueólogo Nicholas Reeves acredita que os
restos de Tutancâmon podem ter sido levados para uma parte externa do que era
originalmente a tumba da rainha Nefertiti. "Claramente, parece que, com os
dados do escâner, a tumba segue como pensávamos", disse Reeves em coletiva
de imprensa com o ministro de Antiguidades egípcio, Mamdouh al-Damati, neste
sábado (28), segundo a agência AFP. "Se eu estiver certo é uma
continuação – um corredor – da tumba, que terminará em outra câmara
funerária", afirmou. Os dados obtidos por aparelhos escâner serão
enviados ao Japão para novas análises. Reeves desenvolveu sua teoria após
especialistas em preservação espanhóis terem sido contratados para produzir
escâneres detalhados da tumba de Tutancâmon. Os escâneres foram, então,
usados para produzir uma reprodução da tumba perto do Vale dos Reis, em Luxor,
no Egito. Enquanto analisava os escâneres em fevereiro, Reeves avistou o que
acreditava ser marcas indicando onde dois corredores poderiam estar. O
arqueólogo da Universidade do Arizona disse acreditar que Nefertiti possa estar
nesta sala. Segundo ele, há indícios no desenho da tumba que indicam que ela
foi concebida para armazenar os restos de uma rainha, não um rei.
(BBC Brasil)