O enviado especial das Nações Unidas
à Líbia, Martin Kobler, disse nesta terça-feira que o grupo extremista Estado
Islâmico (EI, ex-Isis) é a "principal ameaça" da atualidade e que a
comunidade internacional deve agir para evitar que sua atuação cresça. Em um
fórum promovido pela redação da ANSA, em Roma, Kobler disse que tem feito
pressão para que se chegue a um acordo entre todas as partes envolvidas na
guerra civil da Líbia, pois "os líbios devem se unir para combater o
Estado Islâmico". "A Itália tem e deverá ter ainda mais um papel
importante no processo de paz na Líbia, porque é um país próximo de sua
história. Porém, a estabilização da Líbia deve ser deixada aos líbios",
comentou, referindo-se à colonização italiana. Segundo o enviado da ONU, o acordo
de paz na Líbia deve ser assinado "nos próximos dias". "Cada dia
que passa é um dia perdido. Estive em Trípoli e Tobruk e ambos vão assinar o
acordo", comentou Kobler. Desde a queda do regime de Muammar Kadafi, em
2011, a Líbia vive uma guerra civil marcada por milícias e rebeldes. Um dos
temores é que o EI se aproveite do vácuo político local e ganhe forças no país,
como ocorreu na Síria.
(Band)