Seja para proporcionar prazer ao próprio corpo ou apimentar as relações
os brinquedos sexuais estão em alta. E o mercado de sex shop comemora. O Brasil
está entre os dez maiores consumidores de produtos eróticos no mundo – na
América Latina, é o maior, ao lado do México. Um dos grandes aliados do setor
é, sem dúvida, a internet: mais de 90% dos empresários estão presentes online,
vendendo produtos em sites ou por meio de redes sociais. A forte atuação
virtual é uma resposta à demanda por mais comodidade e rapidez, mas também por
discrição. Na internet, os receios daqueles que ainda se sentem desconfortáveis
comprando produtos eróticos ficam reduzidos. Moradora de Porto Feliz, no
interior de São Paulo, Luciana Santos Pinheiro, 35 anos, tinha apenas uma sex
shop para fazer compras, e não ficava à vontade sabendo que visitas
frequentemente poderiam se tornar assunto para fofoca na cidade. “Tinha
vergonha de entrar na loja, de ser vista pelas minhas amigas. Na internet, você
consome sem dar desculpas para ninguém. Ninguém sabe o que você está
comprando”, conta. Ela diz ainda que foi graças à web que encontrou sua paixão.
Hoje, é consultora de produtos eróticos. “Foi pesquisando na internet que
descobri que o mercado era tão vasto, que tinha tantas opções. E também foi
online que tirei dúvidas sobre produtos. Comprava, mas não sabia quais eram os
benefícios. Muitas pessoas tinham as mesmas questões. No início, apenas
consumia. Hoje, trabalho com isso, auxiliando outros consumidores”, conta
Luciana.
(IG)