Investigadores da Operação Lava Jato apuram se o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mantinha outras contas no
exterior além daquelas já identificadas e bloqueadas pelas autoridades suíças. Na semana passada,
a Suíça comunicou o Brasil que iria transferir os autos de uma investigação
criminal que corre no país europeu sobre Cunha para que a Procuradoria-Geral da
República brasileira dê prosseguimento. Recentemente, a equipe de procuradores
que auxilia o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos acordos de
cooperação internacional ligados ao esquema de corrupção na Petrobras recebeu
reforço para intensificar o trabalho de investigação no exterior. Segundo
fontes próximas ao caso de Cunha no Ministério Público suíço, o parlamentar foi
informado sobre o bloqueio de contas das quais é beneficiário "há um bom
tempo". O primeiro contato sobre o ocorrido teria sido realizado pelo
próprio banco, que tem o dever de informar ao cliente o que ocorre em termos de
suas contas e sua relação com a Justiça. Conforme fontes, ele também teria sido
oficialmente informado pela Justiça da Suíça sobre os motivos do congelamento.
(Bol)