11 outubro 2015

Impeachment é 'tábua de salvação' de Eduardo Cunha

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem o cronograma do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff como sua ‘tábua de salvação’ contra a ameaça de cassação do mandato diante das denúncias envolvendo contas na Suíça em nome dele e de parentes. Por isso, Cunha dá sinais de que não vai ceder à pressão da oposição, que quer ver o processo de impedimento instaurado até o fim do mês, diante do enfraquecimento do presidente. Cunha pretende decidir sobre sete requerimentos apresentados, entre os quais o dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, até esta terça-feira, mas a abertura do processo ainda pode demorar a ocorrer. Na semana passada, após a rejeição das contas do primeiro mandato de Dilma pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a oposição começou a pressionar o peemedebista para que ele acate o pedido de impeachment. Caso isso não ocorra, entra em curso o roteiro desenhado por Cunha e opositores: ele rejeita o requerimento, a oposição apresenta recurso a ser votado pelo plenário, que pode aprová-lo com metade dos votos mais um. Dessa maneira, ele se isenta da responsabilidade por eventual saída de Dilma do cargo. O problema dessa alternativa, avaliam deputados interessados no impedimento, é que a marcação da data de apreciação do recurso depende da vontade de Cunha e o mais provável é que ele faça uma movimentação nesse sentido quando as denúncias se agravarem, fazendo uma cortina de fumaça para tirá-lo do centro das atenções.
(JCnet)
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