O Papa chegou no
fim da tarde de terça-feira (22) aos Estados Unidos e foi recebido pelo
presidente Barack Obama depois da viagem de quatro dias a Cuba. Na última missa celebrada em Cuba, no Santuário da
Virgem da Caridade do Cobre, o Papa Francisco fez um apelo pela reconciliação e
pelo ativismo e defendeu que a Igreja saia de seus templos para acompanhar a
vida. "Queremos ser uma igreja que saia de casa para construir pontes,
derrubar muros e semear a reconciliação", disse. O Papa foi aclamado pelo
povo no caminho até o aeroporto. O presidente cubano, Raúl Castro, que não perdeu nenhuma celebração de
Francisco na ilha, acompanhou todo o trajeto de Francisco até a despedida na
escadaria do avião. Em uma entrevista concedida durante o voo para os Estados Unidos, Francisco disse que espera que o Congresso americano encerre o bloqueio
econômico à Cuba, mas que não pretende abordar o tema quando falar no Congresso
na quinta-feira (24). A chegada a Washington aconteceu no final da tarde de
terça (22). O presidente Barack Obama foi pessoalmente à base área da capital
americana para receber o pontífice, uma honra concedida a pouquíssimos chefes
de Estado. Depois o Papa embarcou em um pequeno carro econômico para ir à
representação diplomática da Santa Sé, onde fica hospedado. Na quarta-feira
(23), Francisco vai ser recebido na Casa Branca. O encontro vai ter uma
cerimônia pública e os americanos convidaram ativistas transexuais, o primeiro
bispo episcopal assumidamente gay do país e uma freira que lidera um grupo
contra a condenação do aborto e da eutanásia. O Vaticano não gostou
nada dessa lista.
(O Globo)