30 agosto 2015

Em recado a Gilmar, Janot critica 'inconveniência' da Justiça Eleitoral

O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, entendeu que não há indícios de irregularidades na contratação de uma gráfica - a VTPB Serviços Gráficos - pela campanha da presidente Dilma Rousseff no ano passado. Ele determinou o arquivamento do pedido de apuração feito pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Janot considerou que as contas já foram aprovadas em dezembro e o prazo para recursos se encerrou, impedindo qualquer questionamento, e também avaliou que não há indícios mínimos da prática de crimes que justifiquem a abertura de uma apuração. Segundo o procurador, Gilmar Mendes agiu com "zelo" ao pedir a apuração, mas a Justiça Eleitoral e o Ministério Público não podem ser "inconvenientes". "É em homenagem a Sua Excelência [Gilmar Mendes], portanto, que aduzimos outro fundamento para o arquivamento ora promovido: a inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, protagonistas - exagerados - do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores." Gilmar Mendes é relator da prestação de contas da campanha, que já foi julgada pelo TSE e aprovada com ressalvas, por unanimidade, em dezembro do ano passado. Ele manteve o processo aberto em razão de indícios de irregularidades verificadas na Operação Lava Jato.
(globo.com)
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