O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, entendeu que não há
indícios de irregularidades na contratação de uma gráfica - a VTPB Serviços
Gráficos - pela campanha da presidente Dilma Rousseff no ano passado. Ele determinou o
arquivamento do pedido de apuração feito pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Janot
considerou que as contas já foram aprovadas em dezembro e o prazo para recursos
se encerrou, impedindo qualquer questionamento, e também avaliou que não há
indícios mínimos da prática de crimes que justifiquem a abertura de uma
apuração. Segundo o procurador, Gilmar Mendes agiu com "zelo" ao
pedir a apuração, mas a Justiça Eleitoral e o Ministério Público não podem ser
"inconvenientes". "É em homenagem a Sua Excelência [Gilmar
Mendes], portanto, que aduzimos outro fundamento para o arquivamento ora
promovido: a inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público
Eleitoral, protagonistas - exagerados - do espetáculo da democracia, para os
quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os
eleitores." Gilmar Mendes é relator da prestação de contas da
campanha, que já foi julgada pelo TSE e aprovada com ressalvas, por
unanimidade, em dezembro do ano passado. Ele manteve o processo aberto em razão
de indícios de irregularidades verificadas na Operação Lava Jato.
(globo.com)