A presidente Dilma Rousseff deu,
na segunda-feira (03), passos decisivos para garantir o ajuste fiscal e jogar
um balde de água fria na tentativa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB), de levar adiante um pedido de impeachment. Um dia antes de o Congresso
retomar as votações, o Planalto promoveu duas reuniões com líderes dos partidos
da base aliada. O primeiro, no Palácio do Jaburu, foi comandado pelo vice
Michel Temer (PMDB). Em seguida, aliados tiveram um jantar com a presidente no
Palácio da Alvorada. Nos encontros, foi discutida a importância de a base
aliada se manter coesa no segundo semestre para evitar que seja aprovada a
chamada “pauta bomba” — pacote de medidas que elevam o gasto público — que o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), pretende levar à votação. Na pauta
do jantar com Dilma, também estava a aprovação de R$ 5 bilhões em emendas
parlamentares. A aproximação com os aliados serviu também para esfriar as
ameaças de Cunha de levar adiante um pedido de impeachment contra Dilma.
Isolado pelo partido desde que anunciou seu rompimento pessoal com o governo, o
presidente da Câmara pediu, no mês passado, que o deputado opositor Jair
Bolsonaro (PP) atualize pedido feito no primeiro semestre. Com a movimentação
do governo, Cunha foi obrigado a desmarcar um jantar que pretendia fazer com
parlamentares do PMDB e da oposição. O encontro ficou para esta terça-feira
(4), na hora do almoço.
(R7)