Dois dias após o ataque terrorista que deixou cinco mortos no
Estado do Tennessee, nos EUA, o proprietário de uma conhecida loja de armas no
sul do território norte-americano decidiu banir a presença de muçulmanos de seu
estabelecimento, declarado "território livre do islã". A decisão foi
divulgada em vídeos postados em redes sociais no último sábado (18) e ganhou
enorme repercussão, tanto de críticas alarmadas com o veto quanto de elogios à
atitude após mais uma ação que deixou mortos, incluindo um agente da polícia,
no país. Somente no Facebook, o vídeo já tinha quase seis mil compartilhamentos
na noite desta segunda-feira (21). "Com tudo o que está acontecendo
por aqui, agora tenho, mais do que nunca, uma responsabilidade moral e legal
de proteger todos os patriotas de minha comunidade. Por isso declaro que,
a partir de agora, a Florida Gun Supply é uma área livre de muçulmanos. Não
armarei nem treinarei aqueles que desejam machucar meus queridos patriotas",
diz Andy Hallinan, proprietário da loja, no vídeo de cerca de 5 minutos. Nas
imagens, Hallinan aparece discursando diante de uma bandeira dos Estados
Confederados da América, símbolo das áreas do sul dos EUA, incluindo aí a
Flórida, que insistiam em manter a escravidão no país – e que acabaram
derrotados na Guerra Civil americana, entre 1861 e 1865.
(Último Segundo)