13 julho 2015

Aliados de Aécio dividem a oposição com proposta de eleições já

Nem bem ficaram claras ainda as consequências sobre Dilma Rousseff que terão as denúncias contra o PT, no caso da Lava Jato, e contra a área econômica de seu primeiro governo — no caso das pedaladas fiscais –, e os defensores do impeachment já estão divididos. Tucanos aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmam reservadamente que interlocutores do vice-presidente da República, Michel Temer - que é presidente nacional do PMDB -, teriam procurado o senador mineiro para conversar sobre o futuro, caso Dilma não conclua seu mandato. “Discutir o futuro”, neste caso, é também discutir a possibilidade de impeachment da presidente da República. Na versão dos aliados de Aécio, ele não teria aceitado conversar neste momento com o PMDB porque sabe o que querem os peemedebistas: fazer de Michel o presidente da República, se Dilma for obrigada a deixar o cargo. A tese defendida pelos aecistas é a da condenação da presidente da República pelo Tribunal Superior Eleitoral, por fraude na campanha. Aí o vice-presidente Michel Temer deixaria o comando do país junto com Dilma. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, assumiria interinamente o governo, mas teria apenas três meses para convocar novas eleições, com Aécio Neves como franco favorito. O líder do PSDB no Senado, Cassio Cunha Lima (PB), foi o primeiro a expor publicamente essa proposta, na Convenção Nacional do partido, no último domingo, dia 5. E o próprio Aécio defendeu-a como uma “saída constitucional”, ao responder a ataques do PT de que se tratava de uma tentativa de golpe de Estado.
(IG)
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