A estudante de arquitetura suspeita de atropelar e matar um gari de 61
anos confessou para a polícia ter atingido a vítima com seu carro, informou o
SPTV. O caso aconteceu em 16 de maio, no Centro de São Paulo. Hivena Queiroz
Vieira, de 24 anos, foi indiciada nesta segunda-feira (22) por quatro crimes:
homicídio culposo (quando não há intenção de matar), lesão corporal, omissão de
socorro e fuga do local do acidente. A jovem atropelou Alceu Ferraz e um colega
dele na Avenida São João. Os dois varriam a via. O outro gari ficou ferido, mas
sobreviveu. Depois disso, a jovem entrou na contramão na Praça da República.
Uma câmera de segurança gravou o carro com o para-brisa quebrado. A PM recebeu
uma denúncia e encontrou o veículo no estacionamento de um prédio em Moema,
bairro de classe média alta na Zona Sul. Nesta segunda, a estudante se
apresentou para contar a versão dela. Ela afirmou à polícia que, na noite do
acidente, tinha saído de uma festa na casa de uma amiga de faculdade em
Higienópolis. No caminho até sua casa, em Moema, ela entrou na Avenida São
João, achou que seria assaltada e acelerou o carro. Ao
chegar à sua casa, ligou para a PM e foi orientada a procurar uma delegacia. No
boletim de ocorrência, registrado cerca de duas horas depois, a estudante
contou que sofreu uma tentativa de roubo. Ela disse que "foi surpreendida
por três indivíduos que utilizaram possivelmente um carrinho de supermercado e
disparou com o veículo atingindo algo ou alguém". Acompanhada do pai e de
um advogado, a jovem chegou de táxi à delegacia. Ela foi ouvida por mais de
duas horas. “É fato que houve um atropelamento. Você, consciente, percebe se
atropelou alguém ou algo ou bateu em alguma coisa”, disse o delegado Araribóia
Fusita Tavares. “Por isso que eu digo para vocês: existem muitas contradições.”
(globo.com)