Um ano e meio depois de o TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) rejeitar o primeiro pedido de registro de criação da Rede
Sustentabilidade, o grupo político da ex-ministra Marina Silva deve estrear na
urna eletrônica em 2016. Contratado como advogado do partido, o ex-ministro do
Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence apresentou ao tribunal na
quinta-feira (28) as 50 mil assinaturas, devidamente certificadas, que faltaram
em 2013 para que a Rede alcançasse as 492 mil exigidas pela lei. Quando sair do
papel, a nova legenda contará com uma estrutura pequena, orçamento espartano e
pouca militância. No melhor cenário traçado pelos próprios dirigentes, a Rede
terá, no máximo, três deputados federais e um senador. De acordo com a
nova legislação eleitoral do TSE, aprovada na minirreforma eleitoral de 2013,
os novos partidos terão direito a apenas 0,15% dos recursos do Fundo Partidário
reservados a todos os partidos. Segundo levantamento do Estadão Dados,
isso significa que a Rede contará com R$ 1,3 milhão para gastar em 2015. Como o novo partido não existia
na última eleição, não recebeu votos. Logo, só terá direito à parcela dos
recursos divididos entre todas as legendas existentes.
(R7)