04 junho 2015

MAIOR GREVE DA HISTÓRIA: STJ mantém desconto no salário dos professores

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão de descontar os dias não trabalhados da folha salarial dos professores estaduais em greve em São Paulo. Nesta quarta-feira (3), os professores decidiram manter a paralisação que já dura 84 dias e é a maior da história. O governo de São Paulo e a Apeoesp, sindicato dos professores que lidera a greve, têm disputado judicialmente os salários a serem recebidos pelos professores em greve. Em 7 de maio, a Apeoesp conseguiu uma liminar que obrigava o governo a pagar os professores pelos dias em greve. No dia seguinte, a liminar foi cassada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 13 de maio, Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o governo estadual parasse de registrar faltas injustificadas aos grevistas e descontar os dias parados. O governo recorreu da decisão. No último dia 20, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o desconto dos dias parados dos professores estaduais. A Apeoesp apresentou um pedido ao Supremo Tribunal Federal para suspender a decisão, que foi negado pela ministra Cármen Lúcia no dia 21, em decisão divulgada no dia 22. A ministra Lúcia não analisou o mérito do pedido, argumentando que a possibilidade de corte de salários de grevistas ainda será analisada pelo STF. Ela negou o pedido dizendo que, como a Apeoesp não é parte na ação que tramita na Corte, não poderia usá-la para suspender a decisão do TJ-SP.
(G1)
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