Novo estudo dinamarquês mostra que infecções podem diminuir a capacidade
cognitiva medida por meio do QI. O estudo é o maior já feito do gênero, e
mostra uma correlação clara entre níveis de infecção e dificuldade de cognição.
Qualquer um pode sofrer uma infeção, como, por exemplo, no estômago, no trato
urinário ou na pele. Esse estudo mostra, no entanto, que o sofrimento de um
paciente não necessariamente acaba ao final do tratamento do problema. Na
verdade, as infecções subsequentes podem afetar a inteligência do paciente,
mensurada por um teste de QI. "Nossa pesquisa mostra uma correlação entre
a internação por infecção e a cognição prejudicada, que corresponde a um QI
1,76 menor do que a média. Pessoas com cinco ou mais internações em hospitais
por infecção tiveram um QI 9,44 menor do que a média. O estudo mostra, assim,
uma relação evidente entre o número de infecções e o efeito sobre a capacidade
cognitiva, que é afetada de acordo com a proximidade temporal da última
infecção e também com a gravidade do episódio”, disse, em nota, Michael Eriksen
Benró, do Centro Nacional de Registros e Pesquisas ligado à Universidade de
Copenhage. “As infecções no cérebro afetam a habilidade cognitiva, mas muitos
outros tipos de infecções severas, aquelas que demandam hospitalização, também
podem diminuir a habilidade cognitiva do paciente. Além disso, parece que o
próprio sistema imune pode afetar o sério de tal forma que o QI continuará
deficiente, mesmo muitos anos depois que a infecção foi curada”, explicou ele. Michael
conduziu o estudo com a colaboração de pesquisadores da Universidade de
Copenhage e da Universidade Aarhus.
(IG)