03 junho 2015

Infecções podem afetar a inteligência, diz estudo

Novo estudo dinamarquês mostra que infecções podem diminuir a capacidade cognitiva medida por meio do QI. O estudo é o maior já feito do gênero, e mostra uma correlação clara entre níveis de infecção e dificuldade de cognição. Qualquer um pode sofrer uma infeção, como, por exemplo, no estômago, no trato urinário ou na pele. Esse estudo mostra, no entanto, que o sofrimento de um paciente não necessariamente acaba ao final do tratamento do problema. Na verdade, as infecções subsequentes podem afetar a inteligência do paciente, mensurada por um teste de QI. "Nossa pesquisa mostra uma correlação entre a internação por infecção e a cognição prejudicada, que corresponde a um QI 1,76 menor do que a média. Pessoas com cinco ou mais internações em hospitais por infecção tiveram um QI 9,44 menor do que a média. O estudo mostra, assim, uma relação evidente entre o número de infecções e o efeito sobre a capacidade cognitiva, que é afetada de acordo com a proximidade temporal da última infecção e também com a gravidade do episódio”, disse, em nota, Michael Eriksen Benró, do Centro Nacional de Registros e Pesquisas ligado à Universidade de Copenhage. “As infecções no cérebro afetam a habilidade cognitiva, mas muitos outros tipos de infecções severas, aquelas que demandam hospitalização, também podem diminuir a habilidade cognitiva do paciente. Além disso, parece que o próprio sistema imune pode afetar o sério de tal forma que o QI continuará deficiente, mesmo muitos anos depois que a infecção foi curada”, explicou ele. Michael conduziu o estudo com a colaboração de pesquisadores da Universidade de Copenhage e da Universidade Aarhus.
(IG)
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