12 junho 2015

Índios discutem futuro de aldeias na região

A “Dança da Ema” - hiokona kipaê no idioma terena - significa a preparação para o combate. É bem isso o que os povos indígenas da região iniciaram ontem em Avaí (39 quilômetros de Bauru), na aldeia Kopenoti. Discutir o futuro e enfrentar desafios de buscar a ampliação da atual área de 900 alqueires, melhorar o atendimento de saúde e a preservação da cultura. Sob a batida sincopada de um tambor, acompanhada ao som de uma flauta, os indígenas dançam em círculo e batem um pedaço de bambu.Com esse ritual foi aberta a fase local da 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai). Nove aldeias estão reunidas para discutir os temas que serão levados à próxima fase, na Conferência regional em São Paulo e depois Brasília. A terra de Araribá cresceu seis vezes o número de indígenas, essa taxa de crescimento demográfico supera o atual índice da população brasileira. De seis temas dois foram eleitos como importantes: a demarcação de terra e atendimento de saúde. Os indígenas enfrentam um esvaziamento da Funai ao longo dos anos. Para acrescentar mais as preocupações da comunidade tramita no Congresso a Proposta de Emenda Constitucional PEC 215, de autoria do deputado Almir Sá, que quer tirar da Funai a competência de demarcar terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e passar para o Congresso. “Isso tem tirado o nosso sono e preocupa muito”, conta Mário Terena, da aldeia Ekeruá. Em Avaí, a área já está demarcada, mas se a Funai perder essa competência, o problema é  uma dificuldade para o futuro da tribo.
(JCnet)
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