O Conselho de Estado da Itália, última instância da justiça administrativa do país
europeu, anunciou nesta quarta-feira (24) que decidiu suspender a extradição do
ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão do
PT a 12 anos e 7 meses de prisão. O Conselho de Estado pediu ao Ministério da
Justiça italiano que forneça mais documentos e vai continuar analisando o pedido
da defesa, de que ele cumpra a pena na Itália. A suspensão vale até dia 22 de
setembro.Enquanto isso, Pizzolato continua preso na Penitenciária de Modena. Em
2012, Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de
corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. No ano seguinte, antes de
ser expedido o mandado de prisão, ele fugiu para a Itália. Pizzolato tem
cidadania brasileira e italiana. No último dia 12 de junho, a Justiça da Itália suspendeu o envio do
ex-dirigente do banco público ao Brasil, após acolher recurso da defesa que
questiona as condições do presídio onde o executivo condenando no julgamento do
mensalão do PT ficará se for extraditado. O principal argumento da defesa de
Pizzolato é que a ala do presídio da Papuda, em Brasília, na qual as autoridades
brasileiras dizem que ele ficará preso, é "vulnerável". Nos
julgamentos na Itália sobre a extradição, o Brasil argumentava que essa ala da
Papuda tem condições de preservar os direitos do preso.
(G1)