08 abril 2015

Wyllys se recusa a ficar ao lado de Bolsonaro em voo; veja o vídeo

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) acusou Jean Wyllys (PSOL-RJ) de “heterofobia”, após seu colega na Câmara ter se recusado a ficar sentado na poltrona ao lado em um voo que partiu nesta terça-feira (7) do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Brasília. Bolsonaro gravou o momento em que Jean Wyllys se levantou, logo após ser interpelado pelo político a dar passagem para que ele pudesse sentar-se ao seu lado. No Facebook, onde postou o vídeo do momento, Bolsonaro disse que a atitude de Wyllys foi uma clara demonstração de “intolerância, preconceito, discriminação e heterofobia”. “Se fosse eu quem tivesse praticado tal atitude, pelo PLC 122/2006 (Senado), que criminaliza a homofobia, estaria sujeito à pena de 1 a 3 anos de reclusão, além da perda do mandato e o fato seria noticiado pela maioria dos telejornais”, escreveu Bolsonaro. Conhecido pelas suas declarações polêmicas, com as quais já ofendeu homossexuais e mulheres, além de louvar a ditadura militar, Bolsonaro teve a postagem rebatida também no Facebook por Jean Wyllys. O deputado, que é homossexual e luta pelos direitos da comunidade LGBTTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), lembrou o caso da escritora Pagu, presa durante a ditadura Vargas, para explicar por que não ficou ao lado de Bolsonaro. Ele afirmou que a escritora e jornalista, enquanto estava presa, se recusou a cumprimentar Ademar de Barros, dizendo que “não daria a mão a carrascos nem a interventores".

(Band)
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