A greve dos professores da rede Estadual de São Paulo completa um
mês nesta terça-feira (14) e gera polêmica com relação a um dos principais
pontos de reivindicação: reajuste salarial de 75,33%. Frente à recente
afirmação da Secretaria da Educação do Estado de que os docentes
receberam 45% de aumento em agosto de 2014 e de que 74 mil professores vão
ganhar mais do que R$ 5 mil por meio de bônus por mérito já liberado, parte da
população tem a impressão de que as cobranças da categoria são injustificáveis.
Entretanto, docentes e representantes sindicais dizem que há cerca de dez anos
não têm reajuste real de salário e que o aumento concedido pelo governo seria
para compensar o que foi perdido nesses anos, mas, mesmo assim, não o faz. Além
disso, afirmam que os 75% de reajuste reivindicado pela categoria é o
necessário para a equiparação dos salários dos professores com os demais
profissionais que têm ensino superior completo. A medida está prevista em uma
das 20 metas do novo PNE (Plano Nacional de Educação), que tem validade por dez
anos, até 2024. Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente Apeoesp (Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial de São Paulo), diz que o reajuste de 45% foi, na
realidade, equivalente a aumento de 26% do salário.
(R7)