Eles prometem voltar com tudo e já causam medo em ativistas
pacíficos. Conhecidos por atuar na linha de frente em confrontos com a polícia,
manifestantes adeptos da tática Black Bloc se pronunciaram na manhã desta
segunda-feira, após longo período. Após protestos realizados ontem, em várias
capitais do Brasil, páginas do grupo na Internet se posicionaram contra uma
possível intervenção militar e impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) e
prometeram transformar as ruas em palco de guerra contra aqueles que pedem a
destituição do poder. "Está na hora de darmos uma resposta ao golpismo de ontem nas ruas.
Principalmente nos bairros burgueses. Se eles querem guerra, terão",
postou a página Black Bloc RJ Zona Sul. Já a Black Bloc RJ comentou o manifesto
do último domingo, realizado de forma pacífica, em Copacabana.
"Intervenção militar? Pau de selfie? Negros? Alguém de comunidade? O que
aconteceu hoje foi uma espécie de "revolta dos burgueses derrotados",
escreveram. O movimento dos mascarados perdeu força após a morte do
cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão, em 2014. Acusados pelo
acendimento do explosivo, Caio Silva e Souza e Fábio Raposo encontram-se
presos. Elisa Quadro Pinto, conhecida como Sininho, e Karlayne Moraes da Silva
Pinheiro, a Moa, são consideradas foragidas da justiça.
(O Dia)