Um dos líderes da manifestação nacional que, entre outras pautas, pedirá
o impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo (15) é um jovem de 19 anos,
neto de japoneses, que defende uma economia de linhagem liberal e que largou a
universidade antes de terminar o primeiro ano: "Estava sem tempo para ir e
as faculdades de economia no Brasil são muito atrasadas." Kim Kataguiri
faz parte do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo favorável a uma política
econômica liberal, com um Estado microscópico - o que se traduz com medidas
como a privatização de estatais e dos sistemas de saúde e de educação
("com a distribuição de carteiras para aqueles que não puderem
pagar"). Defende ainda a "liberdade de imprensa" e o "fim
do perdão de dívidas de ditaduras" (como Guiné Equatiorial). "Agora,
nossa pauta é o impeachment", afirma Kataguiri, o segundo integrante mais
novo do MBL (o primeiro é Fernando Holiday, de 18 anos). "Dilma
impede o exercício pleno dos três poderes. O caso da Petrobras é um mensalão
aumentado. Ela fez acordo de leniência com empresas envolvidas no escândalo."
O MBL tem atualmente oito integrantes em São Paulo ("cerca de 500 pelo
Brasil"). A sede fica em um escritório na avenida Brigadeiro Luís
Antônio, região central da cidade. O local é dividido com uma produtora de
vídeo e de publicidade. Foi criado em novembro de 2014, no mesmo dia de
uma manifestação contra o governo Dilma Rousseff ocorrida na avenida Paulista.
(Último Segundo)