A presidente Dilma Rousseff admitiu, neste domingo, em comunicado
em cadeia de rádio e TV, que o Brasil passa por dificuldades. Em seu
pronunciamento, que durou 15 minutos, a petista afirmou que as dificuldades
vividas no país são consequências da crise financeira mundial e da "maior
seca da história" do Sudeste e do Nordeste. Durante o pronunciamento,
Dilma foi vaiada em São Paulo e em outras cidades, além de ser alvo de críticas
nas redes sociais. Segundo ela, na tentativa de defender a
população, o governo absorveu, até o ano passado, todos os efeitos negativos da
crise econômica internacional, lançando mão do Orçamento para proteger o
crescimento, o emprego e a renda das pessoas, mas não havia como prever que a
crise mundial duraria tanto tempo. Dilma destacou que as correções e ajustes na
economia, mesmo que signifiquem alguns sacrifícios temporários para todos e
críticas injustas e desmesuradas ao governo, são a forma de dividir a carga
negativa com os setores da sociedade. “São medidas para sanear as nossas contas
e, assim, dar continuidade ao processo de crescimento com distribuição de
renda, de modo mais seguro, mais rápido e mais sustentável”. “As medidas
estão sendo aplicadas de forma que as pessoas, as empresas e a economia as
suportem. […] Este processo vai durar o tempo que for necessário para
reequilibrar a nossa economia. […] Mais importante, no entanto, do que a
duração dessas medidas será a longa duração dos seus resultados e dos seus
benefícios. Que devem ser perenes no combate à inflação e na garantia do
emprego”. Dilma lembrou que as medidas incluíram o corte de gastos do governo,
a revisão de certas distorções em alguns benefícios e a redução, parcial, de
subsídios de créditos e desonerações nos impostos, “dentro de limites
suportáveis pelo setor produtivo”.
(Band)