As elevações reais dos rendimentos do
trabalho foram determinadas, em parte, pela valorização do salário mínimo, diz
o Boletim Econômico Regional que o Banco Central (BC) divulgou em Porto Alegre.
"A política de valorização do salário mínimo repercute sobre o poder de
compra dos trabalhadores em geral e dos beneficiários da previdência
social", lê-se em um dos boxes do boletim. Nesse cenário e com foco
regional, esse boxe analisa elasticidades de distintos estratos de salários da
economia relativamente a variações do salário mínimo; bem como em que medida os
aumentos reais dos rendimentos do trabalho exercem pressões sobre custos de
produção e de investimentos. "O poder de compra do salário
mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965, superado apenas pelo
registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965", ressalta o Banco
Central. Por isso, de acordo com a autoridade monetária, não surpreende o fato
de que o rendimento médio real do trabalho venha crescendo há vários anos, em
todas as regiões do País. De 2003 a 2013, por exemplo, os aumentos médios
anuais desses rendimentos atingiram 5,1% no Nordeste; 4,3% no Centro-Oeste;
3,7% no Norte; 3,5% no Sul; e 3,1% no Sudeste.
(Bol)