O Carnaval acabou e, para quem exagerou nos
copos de cerveja e vodca, chegou a hora de curar a ressaca. Antes de seguir as
receitas caseiras do amigo ou se entupir de analgésicos, veja as dicas dos
especialistas ouvidos para acabar com o incômodo de uma vez por todas.
Beber muita água e descansar depois de vários dias de bebedeira é a dica número
um do infectologista Paulo Olzon, chefe da disciplina
de Clínica Médica da Unifesp. Embora os sintomas da
ressaca possam variar de pessoa para pessoa, os incômodos mais comuns são dores
de cabeça, enjoo, desidratação e cansaço. Para quem costuma lançar mão
dos analgésicos com o objetivo de amenizar a ressaca, o CRF-SP (Conselho
Regional de Farmácia do Estado de São Paulo) alerta que a mistura com álcool
"pode resultar em sangramentos no estômago e perda da coordenação
motora". Olzon concorda e chama a atenção para o uso de paracetamol.
O paracetamol é um remédio muito tóxico e sua associação com as toxinas já
presentes no álcool pode trazer diversos problemas para o organismo,
especialmente para o fígado, e causar um estrago muito grande. A ressaca
é uma intoxicação que ocorre pela grande quantidade de álcool no sangue, devido
ao consumo abusivo da bebida. De acordo com a nutricionista Camilla Monteiro,
coordenadora de nutrição da academia Riosport, o fígado é o órgão que mais se
prejudica, pois é encarregado de desintoxicar o corpo. Dessa forma, o órgão
absorve todas as enzimas do álcool, o que resulta em um desequilíbrio no
metabolismo. Os homens costumam ser mais tolerantes ao consumo de álcool
do as mulheres por causa da dificuldade do organismo feminino metabolizar a
substância, esclarece Olzon. O médico explica que as mulheres têm "menor
concentração gástrica de desidrogenase alcoólica — enzima crucial para o
metabolismo do álcool".
(R7)