Com 100 mil inquéritos de casos
de homicídio no Brasil há mais de cinco anos sem solução segundo dados do Dados
do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), familiares de vítimas têm
buscado, cada vez mais, a justiça pelas próprias mãos. É o caso de Vanderlea
Alves. Após quase dois anos sem nenhuma resposta sobre a morte do irmão Rodrigo
Alves, de 36 anos, ela decidiu fazer um curso de detetive. Atualmente, tem a
própria carteira de investigadora particular, oferecida pelo IUDEP (Instituto
Universal dos Detetives Particulares). O irmão morreu no dia 6 de outubro de
2012. O corpo foi encontrado em um matagal nas proximidades da casa onde ele
morava em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. De acordo com a polícia, o laudo da
morte aponta quadro compatível com enforcamento. Porém, Vanderlea não acredita
nessa versão. Ela conta que estava descontente com a investigação realizada
pela delegacia e isso foi um dos motivos que a levaram a procurar o curso. Vanderlea
chegou a descobrir junto à operadora de telefonia a relação dos números de
telefone e a duração das ligações feitas por Rodrigo entre os dias 30 de
setembro e 6 de outubro de 2012 e entregou a lista à polícia. O empenho de Vanderlea em conduzir uma apuração paralela à
oficial não é uma atitude isolada, como explica
Sandra Domingues, fundadora-presidente da ONG “Justiça é o que se Busca”. O
grupo acompanha atualmente mais de 400 casos de violência em todo o Brasil.
(R7)