Uma legião de atletas, amadores,
profissionais e até os de ocasião, participou da tradicional corrida de São
Silvestre pelas ruas de São Paulo, no último dia de 2014. Em Bauru, grupos
formados por diferentes faixas etárias e profissões cultuam, como atividade
regular, a corrida de rua. Mas quais os benefícios emocionais, psicológicos,
gerados pelo hábito de esticar as pernas em passadas calmas, ou rápidas, longas
ou curtas, pelas vias? Do ponto de vista biofísico, é recorrente entre
especialistas a menção de que o corpo humano produz, através da prática da
corrida, endorfinas e encefalinas que atuam sobre a dor, por exemplo. São
neurotransmissores que colaboram para o estado de tranquilidade e prazer para o
praticante. Mas não é somente a capacidade analgésica dos neurotransmissores
que atuam sobre o corpo durante a corrida. Ao adquirir o hábito, o corredor,
por consequência passa a obter resultados favoráveis em relação a batimentos
cardíacos e, em cadeia, os efeitos da corrida também geram benefícios para a
condição psicológica de cada um. O humor passa a ser destaque entre
praticantes. A corrida, então, passa a funcionar como um antídoto ao estresse.
Para a psicóloga clínica Carolina de Menezes Santos, a relação entre saúde
mental e psicológica é algo inerente ao praticante de corrida de rua. “Se o
sujeito corre regularmente, participa das provas de corrida de rua ou está
inserido em um grupo que tem como foco o treino para a prática deste esporte,
com certeza se vinculará com outras pessoas com o mesmo objetivo, o que
ampliará seu círculo de amizades, tornando-as até mais sólidas”. Mas correr
também permite se desligar das atribulações. “Muitas pessoas conseguem se
desligar, mentalmente, de suas aflições, de suas preocupações, ao correr. A
pessoa passa a focar no seu objetivo em uma prova, ou no seu percurso durante
uma corrida. E isso certamente traz benefícios emocionais que vão além do
exercício em si”, menciona.
(JCnet)