“Temos
aqui seis partidos políticos representados”, informou o deputado federal
Alessandro Molon no almoço de lançamento da candidatura do deputado Arlindo
Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara dos Deputados. As lideranças
partidárias associadas à esquerda estiveram presentes para prestar apoio ao
parlamentar do PT e, após um atraso de cerca de duas horas, Chinaglia, que
estava fazendo campanha também no Espírito Santo, foi recebido no restaurante La
Fiorentina, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. A disputa envolve também o
deputado Eduardo Cunha, do PMDB fluminense. “Com sua candidatura teremos uma
Câmara totalmente independente”, disse Molon. Em seu discurso na
abertura do evento a deputada federal pelo PCdoB Jandira Feghali defendeu a
candidatura do deputado do PT e disse que “o Parlamento brasileiro não pode
estar vinculado a interesses que não sejam republicanos”. A tônica de todos os
discursos foi a independência do Congresso. “Nós entendemos que hoje o Brasil
enfrenta uma crise econômica muito grave e entendemos que deve haver um
diálogo, mas a Câmara deve ser independente”, afirmou a deputada estadual pelo
PR Clarissa Garotinho. Arlindo Chinaglia afirmou no seu pronunciamento: “Faz
muito tempo que estou sendo chamado de 'aquele que será submisso ao governo'.
Nós nunca fizemos favor, só cumprimos a lei”. E continuou: “Eu não vejo o
presidente da Câmara como alguém que irá fazer julgamentos
após julgamentos para imprimir a sua vontade”. Ele ainda afirmou que o seu
referencial é o povo brasileiro, não outros partidos e instâncias de poder.
“Ninguém pode sequer imaginar substituir o povo. Nós temos que dar conta das
dificuldades e dos dramas da população brasileira”, afirmou o candidato. Arlindo
Chinaglia defendeu a necessidade de uma agenda política definida caso assuma a
presidência da Câmara. Para ele “não há independência sem agenda”.
(JBonline)