O PT vai lançar amanhã um nome do partido para disputar a Presidência da Câmara em 2015. Apesar de seu principal aliado, o PMDB, ter definido o nome do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como candidato, os petistas estão dispostos a entrar na disputa mesmo que a decisão abale a relação com os peemedebistas. Líder do PT, o deputado Vicentinho (SP) disse na última quinta que o partido vai buscar apoio de outras siglas ao seu nome por considerar legítimo que a maior bancada da Câmara indique o seu presidente. O PMDB é a segunda maior bancada da Câmara, atrás do PT. “Nós do PT imaginávamos e queríamos que fosse natural a indicação. Não foi falado nada conosco, nos sentimos no direito”, afirmou. Vicentinho disse que a indicação não é uma “afronta” ao PMDB porque, pela tradição da Câmara, a maior bancada indica o candidato à Presidência com a possibilidade do lançamento de nomes “independentes”. O petista alfinetou as articulações do PMDB para eleger Cunha. “Afronta é quando você tira a oportunidade natural de um partido assumir, como é o caso do PT. Nem por isso a gente está reclamando. Se tiver que falar de afronta, essa seria”, disse. Questionado sobre a indicação de Cunha, Vicentinho disse considerar que “tem nomes melhores” no PT para a vaga. “Um casamento só dá certo quando os dois querem também. Se um dos dois não quer manter o acordo, não é uma coisa ilegítima, frustra a expectativa.” No PT, o nome mais cotado para ser lançado na corrida à presidência da Câmara é de Arlindo Chinaglia (PT-SP), atual vice-presidente, que já comandou a instituição durante o governo Lula.
(JCnet)