O policial branco que matou a tiros um adolescente negro desarmado num
subúrbio de St. Louis se demitiu da força, disse o seu advogado no sábado (29),
enquanto ativistas iniciavam uma marcha de 193 km para protestar contra a morte
e a decisão da Justiça de não indiciar o policial. A saída de Darren Wilson da
polícia de Ferguson, em Missouri, se dá quase quatro meses depois de ele ter
matado Michael Brown e dias depois do anúncio de que ele não sofreria acusação
criminal. O incidente, que provoca meses de protestos, algumas vezes violentos,
em Ferguson, reacendeu o debate sobre relações raciais e o uso da força
policial nos Estados Unidos. Neil Bruntrager, advogado de Wilson, confirmou que
o policial havia apresentado a demissão, uma ação há muito prevista.Numa carta
publicada em um jornal de St. Louis, Wilson declarou que foi lhe dito que a sua
“permanência no emprego poderia colocar os moradores e os policiais de Ferguson
em risco, uma situação que ele não poderia permitir”. Wilson, que disse ter
agido em defesa própria quando atirou em Brown, afirmou que queria esperar até
a decisão judicial antes de tomar a decisão de se demitir, de acordo com a
carta.
(Último Segundo)