O
aniversário de um ano da morte de Nelson Mandela, considerado o maior líder do
Continente Africano e um dos principais símbolos mundiais de luta contra a
desigualdade racial, será lembrado hoje (5) na África do Sul. Na noite de 5 de
dezembro de 2013, o atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, anunciou, em
rede nacional de televisão, que o primeiro presidente negro do país tinha
morrido. "Ele está descansando. Ele está em paz. Nossa nação perdeu seu
maior filho. Nosso povo perdeu um pai", disse Zuma em seu pronunciamento. Para
marcar a data, que também está sendo lembrada em várias partes do mundo, o
governo da África do Sul, juntamente com a Fundação Nelson Mandela, realizou
nesta manhã - às 8h em Pretória (4h em Brasília) - uma cerimônia nos jardins do
Palácio Union Buildings, a sede do governo, aos pés da estátua do
ex-presidente, de 9 metros de altura. A homenagem contou com a participação de
veteranos da luta pela liberdade e de outros que lutaram com Mandela contra o
regime segregacionista do apartheid. Assim como ocorreu durante os três dias do
velório, há um ano, os portões do palácio também foram abertos à população. Depois de ficar 27 anos na prisão por sua militância contra o
regime de segregação racial doapartheid, Mandela foi libertado em 1990. Após quatro anos, com a
insustentabilidade do regime vigente e a realização das primeiras eleições em
que os negros tiveram direito a voto, Madiba foi eleito pelo povo. Sua vitória
levou à implementação da mais importante transição política dos tempos
modernos, em um esforço de reconciliação das raças e refundação do país,
transformando-o no “Pai da Pátria” e líder político global, levantando a
bandeira da paz e também do combate à aids, doença que atinge cerca de 20% da população
adulta da África do Sul.
(brasil247)