O pedido de auditoria no segundo
turno eleitoral feito pelo PSDB não encontrou eco no Tribunal Superior
Eleitoral. Quatro dos sete ministros da Corte já dizem nos bastidores, em
observações críticas ao partido de Aécio Neves, que a tendência é de que o
pedido seja rejeitado já na sessão desta terça-feira (4). "Não há nada que
comprometa" a lisura do processo eleitoral, avaliou o corregedor-geral da
Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha. Na ação levada à Justiça
Eleitoral, o PSDB cobra a abertura de um processo para verificar os sistemas de
votação e de totalização dos votos, com a criação de uma comissão de
especialistas indicados pelos partidos políticos para analisar os dados
solicitados à Justiça eleitoral. Parte dos documentos pedidos pelo partido,
como os boletins de urna, é de acesso público na internet. Outros podem ser
requisitados pelos partidos, com base nas resoluções do TSE. A avaliação
inicial na Corte é de indignação com o pedido dos tucanos. Noronha chegou a
classificar como "prejudicial" à democracia o pedido. Outros
ministros usam a expressão "desserviço" e "antidemocrático"
para se referir ao pedido, mas destacam que o plenário vai discutir o tema
inclusive para "esclarecer" o processo eleitoral à sociedade. Pela
leitura da peça elaborada pelo PSDB e notícias divulgadas, ministros avaliam
que não há "nenhum fato concreto" que motive uma autoria.
(R7)