O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da
Lava Jato na primeira instância, classificou nesta terça-feira (25), por meio
de um despacho, de "fantasiosa" a tese levantada pela defesa de um
dos executivos presos pela operação policial de que ele estaria ocultando nomes
de políticos supostamente envolvidos no esquema de corrupção que atuava na
Petrobras. Conforme o magistrado, não há agentes políticos sob investigação na
Justiça Federal do Paraná. Na última sexta (21), o Supremo Tribunal Federal
(STF) encaminhou à Justiça Federal do Paraná o questionamento do advogado do
vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, sobre a possível
participação de parlamentares nas irregularidades. "Esclareço ser
fantasiosa a argumentação de que este Juízo estaria ocultando o nome de agentes
políticos envolvidos nos crimes para preservar a competência em primeiro grau
de jurisdição, se é isso que se pretende com o acesso a esses depoimentos.
[...] Não há agentes políticos aqui investigados, nem haverá, perante este
Juízo, ação penal tendo no pólo passivo agentes políticos ou por objeto crimes
de corrupção de agentes políticos", escreveu Moro no despacho.
(globo.com)