A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu na Justiça Federal o
bloqueio de R$ 792,3 milhões em bens pertencentes à quadrilha liderada por João
Arcanjo Ribeiro, conhecido como comendador. Na década passada, Arcanjo Ribeiro
foi acusado de chefiar uma quadrilha que atuava no crime organizado no Mato
Grosso.No caso específico, ele é acusado de lavagem de dinheiro por meio de
empresas de factoring no Uruguai. Descoberto pela Polícia Federal na Operação
Arca de Noé, em 2002, o esquema consistia em empréstimos fraudulentos com
instituições financeiras. Os valores eram remetidos ilegalmente de volta ao
Brasil. Para decretar a perdição dos bens, foi necessário um trabalho conjunto
da AGU, da Receita Federal e do Ministério Público Federal (MPF), durante
quatro meses. Entre os bens recuperados estão um hotel de luxo em Orlando, nos
Estados Unidos, uma aeronave, uma rede de postos de gasolina em Cuiabá e 70
imóveis. De acordo com a sentença da Justiça Federal em Mato Grosso, o
patrimônio recuperado pela União deverá ser usado em gastos sociais e em
projetos de segurança pública.
(Último Segundo)