Educação
alimentar e a conscientização dos pais de que a obesidade é uma doença são os
principais fatores no combate à obesidade infantil. Segundo o presidente da
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
(Abeso) e diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endrocrinologia
e Metabologia (Sbem), Mario Carra, sem a conscientização e a participação das
famílias, a mudança do cenário é inviável. “A intervenção dos
pais para eliminar os maus hábitos alimentares e para modificar os hábitos
sedentários das crianças é comprovadamente eficaz”, destaca. Hoje (11), dia de
Combate a Obesidade, a Sbem realizou atividades no Ceará, na Paraíba, em Minas
Gerais, Santa Catarina e São Paulo para chamar a atenção para os riscos do
sobrepeso e da obesidade, que já atinge metade da população brasileira. No
Brasil, dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram um aumento da obesidade
de mais de 300% entre meninos (de 4,1% em 1989, para 16,6% em 2009). Entre as
meninas a variação foi ainda maior: de 2,4% em 1989 para 11,8% em 2009. Segundo
o levantamento, a criança obesa tem de 50% a 80% mais chance de se tornar um
adulto jovem obeso comparado ao risco em crianças com peso adequado. De acordo
com a Sbem, a doença acarreta maior probabilidade de desenvolver diabetes,
doenças cardíacas e câncer.
(Último Segundo)