15 outubro 2014

Africano internado no Rio teme discriminação

Após ficar sabendo que mensagens racistas haviam sido publicadas em redes sociais, o africano Souleymane Bah - que chegou ao Rio de Janeiro com suspeita de ebola - pediu que a sua imagem fosse preservada. A revelação foi feita pelos médicos do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz na manhã desta terça-feira. De acordo com as informações dos médicos, o paciente está com receio de sofrer algum tipo de discriminação ao voltar para o Paraná. Souleymane Bah segue internado no Rio, sem apresentar qualquer sintoma de ebola, e ainda não há previsão para sair do hospital. O africano, que tem 47 anos, é natural de Guiné - país africano onde há casos da doença. Ele chegou ao Brasil como refugiado, no dia 18 de setembro. Entrou pelo aeroporto de Guarulhos e depois seguiu em busca de trabalho para Cascavel, no Paraná. Havia a suspeita de ebola porque ao dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o africano relatou que teve febre no dia anterior. A data citada é 20 dias depois de ele ter deixado Guiné, ou seja, estava dentro do período de incubação do vírus, que é de 21 dias. Os dois exames feitos para confirmar a doença, no entanto, deram negativo.
(Band)
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