Após ficar sabendo que mensagens racistas haviam sido publicadas
em redes sociais, o africano Souleymane Bah - que chegou ao Rio de Janeiro com
suspeita de ebola - pediu que a sua imagem fosse preservada. A revelação foi
feita pelos médicos do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz na manhã
desta terça-feira. De acordo com as informações dos médicos, o paciente
está com receio de sofrer algum tipo de discriminação ao voltar para o
Paraná. Souleymane Bah segue internado no Rio, sem apresentar qualquer
sintoma de ebola, e ainda não há previsão para sair do hospital. O africano,
que tem 47 anos, é natural de Guiné - país africano onde há casos da doença.
Ele chegou ao Brasil como refugiado, no dia 18 de setembro. Entrou pelo
aeroporto de Guarulhos e depois seguiu em busca de trabalho para Cascavel, no
Paraná. Havia a suspeita de ebola porque ao dar entrada em uma Unidade de
Pronto Atendimento (UPA), o africano relatou que teve febre no dia anterior. A
data citada é 20 dias depois de ele ter deixado Guiné, ou seja, estava dentro
do período de incubação do vírus, que é de 21 dias. Os dois exames feitos para
confirmar a doença, no entanto, deram negativo.
(Band)