Neutralizar
o atual surto de ebola no Oeste da África requer ações diferentes que dependem
da intensidade de contaminação e da infraestrutura de cada um dos países
atingidos. Essa é a visão da médica brasileira Denise Cardo, diretora da
Divisão de Controle de Infecção Hospitalar do Centro de Controle de Doenças
(CDC) dos Estados Unidos. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, ela informou que não há
registro de transmissão de ebola fora da África, mas defendeu que a comunicação
deve ser fortalecida, devido ao trânsito entre os continentes Americano e
Africano. A informação é crucial para evitar o contágio de ebola, porque
sabemos que o vírus só é transmitido quando há sintomas, principalmente febre,
diarreia e vômitos", explicou. Denise conta que nos Estados Unidos, por exemplo,
os profissionais de saúde estão orientados a investigar se um paciente viajou
para a África, em caso de atenção por febre ou outros sintomas. Quanto ao risco
de transmissão da doença, a médica reforça a atual situação de
"controle". No Continente Americano, só nos Estados Unidos houve registro de pessoas que
contraíram a doença na África, e, uma vez isolados, foram encaminhados
a hospitais do país. Os dois primeiros foram tratados e curados no Emory
Hospital, em Atlanta, mesma cidade em que a médica brasileira reside e sede do
CDC.
(Agência Brasil)