A
CPI mista criada para investigar denúncias de formação de cartel nos metrôs de
São Paulo e do Distrito Federal foi instalada nesta quarta-feira no Congresso,
mas o início dos trabalhos foram adiados para setembro. Sem a presença do
indicado para comandar os trabalhos, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), a
sessão foi encerrada sem a escolha formal do presidente. A CPI do Metrô foi
criada como contraponto à CPI para investigar a Petrobras. Como o governo
não conseguiu evitar a investigação da estatal pediu a investigação de um tema
sensível ao PSDB de São Paulo, além de atingir também o DEM, que governou o
Distrito Federal entre 2007 e 2010. Pela proporcionalidade das bancadas do
Congresso, a presidência da CPI fica com o senador peemedebista e a relatoria,
com o deputado Renato Simões (PT-SP). A primeira sessão da CPI foi
presidida pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), por ser o mais velho dos
membros indicados, mas ele não conseguiu colocar em votação o nome de João
Alberto Souza, porque o congressista está fora de Brasília. Diante de uma
desmobilização da base governista, que não apresentou outro nome no lugar do
senador maranhense, o deputado oposicionista Fernando Francischini (SD-PR)
colocou seu nome como candidato avulso para presidir os trabalhos, mas Suplicy
preferiu encerrar a sessão. A oposição criticou o governo por deixar a eleição
para o dia 2 de setembro, quando haverá um novo esforço concentrado no
Congresso em período pré-eleitoral.
(Terra)