A Procuradoria da República pediu o desbloqueio de quase R$ 2
milhões de uma filha do engenheiro João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM
(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), investigado pela Polícia Federal
por suspeita de recebimento de propinas do cartel metroferroviário. Em
manifestação à Justiça Federal, o procurador Rodrigo De Grandis requereu a
revogação do sequestro porque o valor de R$ 1,93 milhão é referente a seguro de
vida contratado por uma empresa para a qual trabalha a filha de Zaniboni,
Milena. O sequestro de ativos ocorreu em novembro de 2013, por ordem da Justiça
Federal em São Paulo que acolheu pedido da PF. Na ocasião, foram bloqueados R$
56,45 milhões em bens de suspeitos de envolvimento com o conluio de
multinacionais do setor de trens e equipamentos ferroviários.O cartel, segundo
a PF, agiu entre 1998 e 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo
Alckmin, todos do PSDB. A PF e o Ministério Público descobriram depósitos que
somaram US$ 836 mil na conta Milmar, alojada no Credit Suisse de Zurique, de
titularidade de João Roberto Zaniboni. Os aportes em favor do ex-diretor da
CPTM ocorreram entre 1998 e 2003. Seu advogado, o criminalista Luiz Fernando
Pacheco, afirma que Zaniboni recebeu por serviços de consultoria.
(R7)