12 julho 2014

Procurador pede desbloqueio de R$ 2 mi no caso do cartel do Metrô de SP

A Procuradoria da República pediu o desbloqueio de quase R$ 2 milhões de uma filha do engenheiro João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), investigado pela Polícia Federal por suspeita de recebimento de propinas do cartel metroferroviário. Em manifestação à Justiça Federal, o procurador Rodrigo De Grandis requereu a revogação do sequestro porque o valor de R$ 1,93 milhão é referente a seguro de vida contratado por uma empresa para a qual trabalha a filha de Zaniboni, Milena. O sequestro de ativos ocorreu em novembro de 2013, por ordem da Justiça Federal em São Paulo que acolheu pedido da PF. Na ocasião, foram bloqueados R$ 56,45 milhões em bens de suspeitos de envolvimento com o conluio de multinacionais do setor de trens e equipamentos ferroviários.O cartel, segundo a PF, agiu entre 1998 e 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. A PF e o Ministério Público descobriram depósitos que somaram US$ 836 mil na conta Milmar, alojada no Credit Suisse de Zurique, de titularidade de João Roberto Zaniboni. Os aportes em favor do ex-diretor da CPTM ocorreram entre 1998 e 2003. Seu advogado, o criminalista Luiz Fernando Pacheco, afirma que Zaniboni recebeu por serviços de consultoria.
(R7)
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