Os documentos publicados na Internet pelo grupo de cyber
ativistas Anonymous são mesmo arquivos sigilosos vazados do Ministério de
Relações Exteriores (MRE). É o que apontam as investigações conduzidas pela
Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a
invasão do sistema de emails do Itamaraty na semana passada. Os documentos
foram compartilhados por redes sociais na última quinta-feira. Para a polícia e
para a Abin, não houve violação do sistema seguro da pasta. O que permitiu o vazamento
foram práticas inseguras de funcionários do órgão que trocaram documentos
sigilosos por email comum. No início
da semana passada, hackers do grupo Anonymous conseguiram invadir o sistema de
comunicação interna do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Na
quinta-feira, esses cyber ativistas tornaram disponíveis aproximadamente 400
documentos. Entre eles estão esquemas de segurança de visitas internacionais e
até esboços de acordos comerciais. O
Itamaraty chegou a negar a autenticidade dos documentos disponibilizados nas
redes sociais afirmando que os arquivos poderiam ter sido modificados ou
criados aleatoriamente. A PF e a Abin investigam a autoria dos ataques aos
computadores desde os primeiros ataques. Nas
investigações, a Polícia Federal identificou que os documentos divulgados
narram com detalhes reuniões, visitas de chefes de Estado, atividades
diplomáticas, acordos e negociações que realmente ocorreram. Além disso, ao
contrário do que o Itamaraty vinha alegando, as últimas modificações em alguns
arquivos foram feitas há cinco ou seis anos.
(Estadão)
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