Com festa de primeiro aniversário marcada para as eleições de
outubro, a aliança entre o presidenciável do PSB, Eduardo Campos, e a fundadora
da Rede Solidariedade, Marina Silva, ainda não está em crise, mas apresenta
sinais claros de desgaste. s problemas
começaram por São Paulo, uma espécie de tambor de ensaio da disputa eleitoral,
onde o casal não conseguiu impor uma candidatura própria que absorvesse o
desejo de mudanças soprado pelos ventos da jornada de manifestações de junho do
ano passado. Impotente para reverter um acordo que já estava fechado antes do
casamento, Campos lavou as mãos, deixando a legenda paulista nas mãos do
governador Geraldo Alckmin, símbolo de uma continuidade de duas décadas. Campos terá o candidato a vice de Alckmin, o deputado federal
Márcio França, presidente estadual da legenda, mas dificilmente erguerá um
grande palanque no maior colégio eleitoral do país. “Foi um casamento de conveniência e de última hora. Até agora
não apresentou os resultados esperados e há problemas regionais atrapalhando a
relação de Eduardo e Marina”, avalia o cientista político Thales Castro, da
Universidade Católica de Pernambuco.
(Último Segundo)