Sob o pretexto de discutir projeto de lei que obriga a Prefeitura de Bauru a comunicar a Câmara Municipal sobre aditivos de preço em seus contratos, a Comissão de Obras promoveu ontem uma reunião que provocou ‘devassa’ nos contratos da administração, capitaneada pelo próprio líder do governo, Renato Purini (PMDB), em torno de polêmicas aparentemente esquecidas pelo Legislativo. Os vereadores resolveram que vão se debruçar sobre possíveis irregularidades no aditivo das obras de galerias executadas pela Demop, na licitação para compra de sacos de lixo - que foi alvo de operação do Gaeco e resultou na prisão de um empresário em Bauru, e no contrato com a Lacon, referente a pequenos reparos nos prédios da prefeitura. O apimentado encontro aconteceu na semana seguinte à ausência do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) na reunião que confirmou a pré-candidatura de Purini – presidente da Comissão de Obras - à Assembleia Legislativa. Em 2011, a prefeitura contratou a Lacon para executar pequenas reformas em prédios da Educação, por meio de ata de registro de preços no valor de R$ 4,5 milhões, pelo período de um ano. No ano seguinte, o contrato foi prorrogado por mais 12 meses. Lima Júnior (PSDB), membro da Comissão de Obras, afirmou, porém, que, de acordo com documentos solicitados por ele ao Poder Executivo, entre o primeiro contrato e a prorrogação, a prefeitura pagou mais de R$ 11 milhões à Lacon. O tucano disse ainda que há empenho de recursos destinados à empresa em janeiro de 2014, quatro meses após o fim do segundo ano de contrato.
(JCnet)