Sozinho na sauna
de sua casa, em Cotia, enquanto todos dormiam, Jair Rodrigues sofreu um
enfarte. Seu corpo foi encontrado pela empregada por volta das 9h30 de quinta,
8, e seus filhos não acreditaram que era o pai quem estava ali, sem vida.
Os amigos próximos foram avisados e a notícia se espalhou. Pedro Mariano
recebeu a ligação de Jair Oliveira, filho do cantor. João Marcello Bôscoli
também. Wilson Simoninha chegou com um choro incontido. Nas redes sociais, as
pessoas reagiam como se não acreditassem que Jair Rodrigues, o mesmo homem que
dias antes comemorava as conquistas de seus 75 anos, também morria. O enterro
de Jair será nesta sexta, às 11h, no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi. A causa
da morte, enfarte do miocárdio, foi confirmada quinta-feira, 8, por sua
assessoria de imprensa. Jair não sofria de nenhuma doença grave, segundo
check-up realizado há cerca de três meses, e tinha na agenda uma série de shows
confirmados até o fim de julho. Quando chegou
1966, Geraldo Vandré surgiu sedento por uma vitória no Festival da Record. Sua
música, Disparada, deveria ser defendida por um artista sério. "Não por
Jair Rodrigues", disse ele ao produtor Solano Ribeiro. "Pedi que ele
ouvisse Jair no ensaio uma vez", lembra Solano. Vandré ouviu e se
convenceu. "Nascia ali um novo artista. Ninguém poderia imaginar que ele
cantaria com tanta propriedade uma canção de origem sertaneja", diz o
pesquisador Zuza Homem de Mello. Disparada empatou em primeiro lugar com A
Banda, de Chico Buarque. Mas o próprio Chico reconheceu que o homem que vinha
lá do sertão era grande demais para um empate. Jair merecia a vitória.
(Estadão)
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