12 maio 2014

Campos busca eleitor lulista e PSB fala em romper acordo com Aécio em Minas

No momento que as pesquisas de opinião apontam o crescimento de Aécio Neves (PSDB) e a estagnação de Eduardo Campos (PSB) na disputa pelo Palácio do Planalto, a cúpula da pré-campanha pessebista decidiu que chegou a hora de romper o "pacto de não agressão" entre os pré-candidatos. Além de disparar críticas ao senador mineiro para buscar os eleitores "lulistas" insatisfeitos com a gestão da presidente Dilma Rousseff, aliados de Campos passaram a questionar publicamente a construção de palanques conjuntos em Pernambuco e Minas Gerais. Nos discursos, a palavra de ordem é levantar bandeiras que constrangem Aécio entre o eleitorado que se considera de esquerda - como a defesa "intransigente" da CLT e a manutenção da maioridade penal. Em encontros com empresários, o senador mineiro defendeu a flexibilização da CLT em alguns setores e a redução da maioridade penal em casos de crimes hediondos. Eduardo Campos está convencido de que o PSDB e o PT têm um objetivo em comum: colar nele a agenda política de Aécio para circunscrever a candidatura no campo da oposição e forçar uma polarização. Dessa forma, o voto útil desidrataria a terceira via e haveria um segundo turno plebiscitário. Para evitar que isso aconteça, membros da cúpula do PSB lembram que as trajetórias dos dois foram completamente diferentes. "Em 20 anos, eles só estiveram juntos nas Diretas", afirma Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB. Em 2010, por exemplo, Campos e Aécio travaram uma dura disputa política pela instalação da fábrica da Fiat, que acabou ficando em Pernambuco.
(Estadão)
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